

Alianças e pactos nacionais para superação de crises não são discursos do século XXI no Brasil. Desde Sarney, que tentou zerar a inflação com o congelamento de preços e o gado sumiu do pasto, nunca houve acordo capaz de serenar crises políticas e econômicas. Quanto maior a crise, maior a torre de babel.
Há três décadas se fala nesse romanesco "todos por um e um por todos". O vice-presidente Michel Temer (PMDB) quer uma "aliança nacional, com harmonia social e harmonia entre os Poderes". Impossível.
O ódio está nas ruas. Há uma onda fascista no País. Basta Michel Temer passar pela Avenida Paulista fantasiado de vermelho para correr o risco de ser agredido por "revoltados online".
Nos três poderes, não há harmonia entre ele e Dilma; o PMDB no Congresso Nacional é esperado pelo PSDB para finalizar o "fora, Dilma"; e no Judiciário, o ministro Gilmar Mendes quer cassar o diploma da dupla reeleita em 2014, sonho de Aécio Neves (PSDB), o derrotado que só faz aliança se a faixa presidencial for transferida para ele.
Tem gente querendo que o Brasil pegue fogo para comer o peixe frito.
Mauro Sampaio
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