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Quarta-feira, 08 de maio de 2024
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Gustavo Almeida

almeidajornalista01@gmail.com

16/06/2013 - 14h21

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Gustavo Almeida

almeidajornalista01@gmail.com

16/06/2013 - 14h21

O dia em que Wellington Dias se equilibrou na mesinha

 

Os buchichos sobre as eleições de 2014 estão a todo vapor. Os protagonistas da disputa até tentam dizer que não, afirmando que só falam de eleição no ano que vem. Mas nós não somos abestados e sabemos que eles só pensam nisso. Nos bastidores já se movimentam de olho no ano vindouro.

 

Um dos protagonistas é o petista Wellington Dias. O “Índio” já foi governador duas vezes. Na sua primeira eleição, em 2002, protagonizou uma cena bizarra no interior do estado. Em visita ao município de Dom Inocêncio, onde situação e oposição apoiavam a reeleição do então governador Hugo Napoleão, o petista teve uma recepção pra lá de modesta.

 

Numa tarde tranquila, um avião pousou na cidade. Ninguém sabia quem estava chegando. Depois veio a informação: é o candidato do PT. Nenhum político local de expressão foi recebê-lo. A pequena comitiva composta por Roberto John, Ubiraci Carvalho e outros poucos, não causou alvoroço na cidade.

 

Um senhor, comerciante, foi um dos poucos que deram boas vindas. Wellington andou a pé numa rua do centro e cumprimentou algumas pessoas. Quando a comitiva conseguiu reunir umas 15 ou 20 pessoas resolveram botar o candidato para discursar. Aí que surgiu o problema. Discursar aonde? Como para tudo se dá um jeito, o problema foi logo resolvido.

 

O comerciante ofereceu a mesinha de madeira que servia de caixa do comércio para o candidato. “Será que dá? Será que aguenta?” - indagavam. Após sorrisos, lá se foi Wellington. Se equilibrou na pequena mesa e discursou para aquele reduzido público. Encerrado o discurso o candidato deixou a cidade sem holofotes.

 

O pleito passou e o homem venceu. Meses depois voltou a Dom Inocêncio. Aí foi outra história! A chegada era aguardada por uma multidão. O prefeito estava bem na frente para receber o governador. Aquele senhor que cedeu a mesinha do comércio para Wellington estava lá e, após certa dificuldade, conseguiu pegar na mão do homem. “Ainda lembra de mim?” - disse ele. Wellington respondeu. “Como poderia não lembrar!”

 

O dia foi de festa. Os políticos de expressão estavam todos lá, no pelotão de frente. O governador andava acompanhado do prefeito e após as solenidades, foi visitar o ex-prefeito, ambos que haviam apoiado Hugo na eleição. É meus amigos, pense num bicho que transforma as coisas esse tal de PODER...

Gustavo Almeida

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