

Floriano é um dos municípios piauienses com maior risco de disseminação da Hanseníase, com mais de 10 casos por 10 mil habitantes – a recomendação da OMS é de, no máximo, 1 caso para cada grupo de 10 mil. A situação é tão grave que coloca Floriano entre os 253 municípios brasileiros com maior incidência da doença.
Para colaborar com o aperfeiçoamento das ações de atenção à Hanseníase, desenvolvidas pelos programas municipais, estaduais e federal, a Universidade Federal do Piauí (UFPI), por meio do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, coordenou e executou, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), o macroprojeto INTEGRAHANS/PIAUÍ. A pesquisa contou também com a colaboração das secretarias estadual e municipal de Saúde, e apoio financeiro de organizações não governamentais como a NBR Brasil e CIOMAL.
Durante quase dois anos, foram desenvolvidas ações vinculadas à vigilância em saúde, que contemplaram desde pesquisa e atenção integral às pessoas com Hanseníase e seus familiares até a qualificação da rede de atenção à saúde, para o atendimento aos casos. A pesquisa operacional foi realizada em colaboração com os próprios profissionais e gestores que atuam nos programas do município.
Os resultados da pesquisa foram apresentados na quinta-feira (11) no Auditório do Campus Amilcar Ferreira Sobral (CAFS/UFPI), em Floriano. A solenidade contou com a Vice-Reitora da UFPI, Profa. Dra. Nadir Nogueira; a Coordenadora Estadual do INTEGRAHANS/Piauí, Profa. Dra. Telma Maria Evangelista de Araújo; a Vice-Diretora do CAFS, Profa. Dra. Regiane Araújo; o Prof. Dr. Alberto Novaes, da Universidade Federal do Ceará; a Coordenadora Municipal do INTEGRAHANS-PI e representante da Secretaria Municipal de Saúde, enfermeira Danuza Felinto; a representante da ONG NHP, Margarida Maria de Araújo; além de representantes da 10ª Regional de Saúde, da Atenção Básica, e pesquisadores envolvidos com o projeto.
Nesta sexta-feira (12), haverá a construção das agendas de organização das redes de saúde municipal e estadual. Estarão em debate as recomendações feitas pelo INTEGRAHARS-PI, com base nos achados da pesquisa.
“Para que essa pesquisa operacional tenha êxito, é necessário que os resultados sejam realmente aproveitados e utilizados no controle efetivo da doença. Floriano vive uma situação muito delicada com relação à Hanseníase. É um município hiperendêmico, com muitos casos da doença e que precisa realmente de ações efetivas e inovadoras de controle, diferentes das que temos usado até agora”, enfatizou Telma Evangelista, coordenadora estadual do projeto.
Floriano
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