

A democracia permite a indignação e o desabafo contra governantes. É a liberdade de expressão, que vai além da liberdade de imprensa. Qualquer um do povo pode se manifestar em praça pública e nas redes sociais sem receio de censura.
Mas, não deve haver limites para qualquer liberdade? Quem pode tudo, passa a ter poder demais.
Desde a reeleição de Dilma Rousseff, a presidenta é alvo dos mais grotestos vitupérios. Ex-ministros de Lula e dela foram constrangidos em restaurantes na cidade de São Paulo. Quem ouse tratar a petista com gentileza, cai na rede do ódio. "Jô Soares, morra", amanheceu assim pichada a rua em frente ao apartamento do apresentador, simplesmente entrevistou-a sem colocar a faca no pescoço.
A bomba caseira jogada na sede do Instituto Lula, em São Paulo, é inofensiva, na visão do imortal Merval Pereira, do Globo. Não causou estragos, só um "buraquinho". Matar Lula, ou Dilma, não será um atentado à democracia, apenas um exagero passional da liberdade de expressão.
Mauro Sampaio
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