

Era falso o extrato do banco suíço BSI de uma conta do senador Romário (PSB-RJ) com R$ 7,5 milhões, quantia que não havia sido declarada à Justiça Eleitoral e à Receita Federal. A reportagem da Veja "Romário tem conta milionária na Suíça - e não declarou ao Fisco" (edição de 24/07/15) pretendeu desmoralizar o "vigoroso discurso em defesa da ética e da lisura" do ex-jogador de futebol.
Desmoralizada saiu a revista. O senador matou a cobra e mostrou o pau. A única saída foi "reconhecer o erro" e implorar desculpas em uma nota aos leitores.
Não é a primeira vez (nem deverá ser a última) que a imprensa brasileira mente, inventa, deturpa e faz o que bem entende para destruir reputações. A Veja é o caso mais notório desse jornalismo doentio.
Umberto Eco, no romance Número Zero, sobre um jornal criado apenas para achacar (e que nunca irá às bancas), mostra, na fala do personagem Collona, como as redações promovem sujeiras sem dor na consciência.
- Nunca entendi se essa moda de pedir desculpas é sinal de um surto de humildade ou de puro descaramento: você faz algo que não deveria fazer, depois pede desculpas e lava as mãos.
Mauro Sampaio
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