

A queda seguida da bolsa de valores da China amedronta o capitalismo ocidental, sejam países desenvolvidos ou emergentes. Crise não é uma palavra superada, sabe muito bem a Grécia, em profunda depressão econômica. A Europa, os Estados Unidos e o Brasil (o emergente rico da América do Sul) devem entrar em estado de alerta. Há muita nebulosidade no horizonte.
Em O capital no século XXI, o economista Thomas Piketty afirma que a "Grande Recessão" de 2008 continua se manifestando:
As principais economias desenvolvidas só recuperaram seus níveis de produção de 2007 em 2013, as finanças públicas encontram-se em um estado lastimável e as perspectivas de crescimento se apresentam permanentemente morosas.
...A política pragmática que se seguiu à crise de 2008 permitiu, sem dúvida, evitar o pior, mas não trouxe uma resposta duradoura para os problemas estruturais que tornaram a crise possível, em particular a falta gigante de transparência financeira e o crescimento da desigualdade.
A crise de 2008 surgiu como a primeira crise do capitalismo patrimonial global do século XXI. E é pouco provável que seja a última.
Se o pior está por vir, pelo menos que a crise não seja uma rua sem saída.
Mauro Sampaio
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